Como sou de bronze estou sempre de serviço!
Rentrée!
No sábado à noite fui dar uma volta! Obtive autorização do meu Chefe, o Viriato, pedi a bênção ao meu pai, Weylin – filho do lobo, e fui passear um pouco pela zona da Ribeira e do Campo do Viriato. Para começar reparei que ainda não retiraram o cercado da Feira de São Mateus. Aquilo, sem as barracas e as decorações, mais parece um enorme curral! Só faltam as ovelhas ou cabras... Mesmo à frente de Gavin (pequeno falcão) está uma grande caixa de metal, para controlar as tochas que desfeia, ainda mais, o nosso Monumento e a nossa Cava. Tanta tocha acesa... parece-me um desperdício, é exactamente o mesmo número de tochas que iluminavam a Feira! Os canos que levavam a luz e a força para as tendas, lá continuam plantados e são mais que as árvores. A propósito de árvores.. e os belos castanheiros que ladeavam a Avenida Emídio Navarro, sim aqueles que “os romanos” mataram à traição? Que saudades sinto das sua belas e frondosas copas e das suas flores em cacho! Reparei que iniciaram os trabalhos para a reposição do trânsito, nos dois sentidos, através da Feira, como foi exigido pelos meus vizinhos. Confirmei, mais de perto, que várias tendas de comidas e bebidas e a totalidade das barracas das deliciosas enguias, continuam por desmontar. Caminhando para o Grande Barracão (Pavilhão Multiusos) vi que o terreiro, à sua frente, está transformado num enorme parque para carroças sem cavalos e outros veículos com rodas. Vai ficar tudo partido e estragado e depois quem vai pagar ? Os amigos “romanos” do Forum? Fui espreitar o rio e vi que continua muito sujo, o cheiro incomoda até narizes de bronze, e as margens do Pavia estão muito mal tratadas. Vi enormes ratazanas e resolvi deixar a visita ao Forum para outra ocasião...
Caminhando para a Igreja da Nossa Senhora da Conceição da Ribeira, passei ao lado da antiga Central Eléctrica que está ao abandono e com os canteiros e pátio invadidos pelo matagal, pior ainda que a nossa Cava! Que nojeira, tenham vergonha senhores da EDP! Na antiga entrada maior da Feira vi uma grande eira. As lages estão quebradas, sujas, soltas e abanavam debaixo dos meus pés. Também me interrogo sobre quem irá responder... por estes estragos! Vi igualmente obra feita e de muito mau gosto, junto à escadaria da Igreja, e que o terreiro cuja construção obrigou à demolição das casas e à transferência das actividades comerciais de vizinhos meus, está transformado num parque, sem lei, para carroças sem cavalos. Ouvi dizer que os guardas não multam e o povo abusa. Mais à frente, no Largo da Nossa Senhora da Conceição, vi que o Factor C, já reabriu as suas portas e soube que os vizinhos que dormiram sossegados, durante todo o Verão, voltaram ao inferno. Muitos dos clientes desta moderna taberna incomodam, fazem barulho até de madrugada, urinam nas portas, são mal-educados e estacionam as carroças por todo o lado.
...As tabuletas que, antes das obras, impediam o acesso a não residentes, depois das 22 horas, desaparecerem sem deixar rasto. Também fui informado, pelos meus vizinhos, que a taberna pode estar aberta até às 4 horas da manhã e que pode tornar-se um lugar perigoso. A saída de emergência é feita pela cobertura e desemboca num beco sem saída, no “telhado”! Para sair desse impasse é necessário saltar uma rede, vencer um desnível grande e passar por cima de dois tanques de lavar roupa. Depois é só acordar os vizinhos e pedir passagem pelas suas casas ou garagens ou em alternativa derrubar ou saltar vedações, espezinhar culturas e assustar as galinhas! Disseram-me que está tudo legal, porém como diz o Viriato: Sou de bronze mas, não sou burro!
ET: Era para ir ver umas “pitas” e beber umas “beers”... voltei para o meu lugar e empunhei, de novo, a minha lança, sem ponta!
BEACON, GUERREIRO DO VIRIATO!
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