29/05/2006

Vá lá, já há quem me defenda

"Se Viriato fosse francês já tinham feito cinco filmes e se fosse americano Harrison Ford teria feito de guerrilheiro e já tinha conseguido um Óscar"...
José Arimateia

Viriato na Feira?



O AJ viu este objecto à porta duma empresa de publicidade, na Av. 5 de Outubro/Circunvalação. O "Caixote" destina-se a indicar as direcções ou será apenas uma proposta?

25/05/2006

Romano da Classe Patrícia


O traje nacional dos romanos era a toga, manto cortado em oval, três vezes mais comprido e duas vezes mais largo do que a estatura de um homem. A cor da toga era peculiar a cada categoria social. Os senadores e homens de estado usavam a toga “cândida”, branca, e os generais vitoriosos punham a toga “picta”, de púrpura bordada a ouro.
As conquistas exerceram grande influência no modo de vestir dos romanos, despertando neles o amor pelo luxo, que substituiu a antiga singeleza.

In "História do Trajo Universal" - Colecção de cromos da Agência Portuguesa de Revistas/ Lisboa 1965: Direcção de Mário de Aguiar; Cromos, capas e legendas de José Augusto Pires e Luís Filipe Mota Guedes; Ilustrações e vinhetas de Amaro Brilhante e Supervisão de José de Oliveira Cosme.
Cromos do AJ

22/05/2006

Locais de Viriato

E aqui há Viriato na cultura local...

Mais Viriato na net


Por aqui também aparece a minha figura...

21/05/2006

O AJ estava lá por perto...


Ora, vejam lá que já não me posso queixar... Então não é que "uns inteligentes", não sei se receberam ordens por carta, vieram deitar herbicida na minha Cava em vez de limparem a vegetação, como era meu desejo. Pontenciaram a ocorrência de fogo posto e já não é a primeira vez... ou eles não sabem?

18/05/2006

Tudo num clique

Este passeio fotográfio é um retrato vivo da minha Cava...
Trabalho do AJ

15/05/2006

Tribuno Romano

Tinha imponência o uniforme dos tribunos. A couraça era de bronze ou prata, com figuras repuxadas e incrustações de ouro, e assinalava os contornos do corpo. O capacete era também de relevos de ouro, com cimeira e orelheiras cinzeladas que envolviam o rosto como uma máscara. Em campanha, costumavam usar um manto cor de púrpura chamado “ palundamentum”.

In "História do Trajo Universal" - Colecção de cromos da Agência Portuguesa de Revistas/ Lisboa 1965: Direcção de Mário de Aguiar; Cromos, capas e legendas de José Augusto Pires e Luís Filipe Mota Guedes; Ilustrações e vinhetas de Amaro Brilhante e Supervisão de José de Oliveira Cosme
(Cromos do AJ)

Palavras, para quê?

14/05/2006

Viriato a preto e branco

Viriato e o 14 de Infantaria na pintura de Maria José Gustavo

12/05/2006

A VIRIATO (Poema)



O tempo passa, d’ampulheta a areia
De quantas vidas a memoria apaga!...
Em quantos craneos aniquilla a ideia!...
Em quantos peitos o sentir esmaga!...

.....

Não morrem os heroes; não, que da morte
O gelo só destróe a vã materia.
Que importa ao bravo que o soprar do norte
Lhe varra as cinzas na mansão funeria?

Que a fama ao dar seus feitos á memoria
Dá-lhe tropheus de gloria immorredouros;
Grava seu nome nos annaes da historia
Cobre-lhe a campa de perennes louros.

Tal Viriato, o pastor humilde, obscuro,
A quem o amor da patria fez guerreiro,
Quebrando do sepulcro o gelo duro
E’hoje inda entre heroes, o heroe primeiro.
....
Depois erguendo o gigantesco braço,
Brandindo a larga folha do montante,
Com a vista d’aguia perscrutando o espaço
Saudou a guerra n’este brado: “Ávante!...”

E correu a salvar a patria escrava
Do jugo do romano que a opprimia;
E em face das victorias que ganhava
Mais o seu valor no peito reaccendia.
....
Mas a traição velava: a lei da sorte
Tinha marcado o termo ao seu destino:
E o bravo adormecendo achou a morte
No ferro mercenario do assassino.

Sucumbiu à traição; mas a memoria
Cobriu-lhe a campa de perenes louros;
E após annos sem fim a luza historia
Seu nome ensinará sempre aos vindouros.

Patria de Viriato, que tiveste
Seu culto e seus afectos mais latentes;
Vizeu; tu que na gloria adormeceste
Sobre os louros do heroe sempre virentes,

Foi-te bello o acordar! Que o monumento
Que te erige este livro, bello e ousado,
Tem por base o progresso e por cimento,
- As glorias dos heroes do teu passado -


Porto, 20 de Julho de 1883
D. CLORINDA DE MACEDO

(enviado pelo AJ)

10/05/2006

Cava de Viriato


“Os fados porque tem passado o nosso monumento da Cava, tem-lhe sido pouco favoraveis. D’antigas Memorias sabemos que em 18 de abril de 1461 o cabido da Sé de Vizeu tomára posse da Cava de Viriato em terras que até áquelle tempo erão de Reguengo. Achava-se então com portas que se abrião e fechavão, como fosse necessário, e dentro havia huma capela do titulo de S. Jorge.”
“Uma ordem regia do anno de 1728 mandou que a Cava de Viriato fosse medida e apêgada. Achou-se que ainda então os muros, ou aterros, tinhão trez lanças d’altura com 40 palmos de largura no cimo. He provável que na sua origem rematassem em cavallete, pelo que já advertimos.”
“Segundo o auctor do Elucidário a lança era huma medida agrária, que constava de 25 palmos craveiros.”
“Os muros derão um circuito de 3:065 passos andantes, apresentando quatro grandes aberturas, que tiverão cantaria com portas; obra dos mesmos romanos. Existia somente o vão dos portaes, porque a pedra, como refere Fr. Manoel da Esperança, fôra tirada para a edificação do convento de S. Francisco d’Orgens; o que alguns affirmão ter sido por provizão de D. Afonso V. Entre tanto podemos assegurar que no cartório daquelle extincto convento não existia este documento.”
“A camara municipal, em Junho de 1818, a instancias do general da província, António Marcellino Victoria, mandou levantar marcos pelo circuito interno e externo dos muros da Cava; porem esta providencia baldou-se, porque já dantes os lados orientais, equados ao solo, se achavão alienados em aforamento; e os restantes continuarão , sem embargo, a ser acommetidos pelas cerceaduras e escavações dos possuidores das glebas contiguas. Finalmente este monumento veneravel parece que se vai despedindo da geração actual, e a seguinte por certo que não tardará a derrear-lhe o dorso por essas planicies. Saudemol-o pois!... já que os homens da governança não querem intender nestas archeologias, e os cobiçosos visinhos vão cavando para si.”

A Cava na actualidade

Não sabemos quando nem por quem foi feita a Cava – e muito provavelmente foi um dos Campos de César ou Castra Hiberna dos romanos, fundada por estes e não pelo antigos habitantes da Lusitania, pois era uma fortificação muito importante, muito luxuosa para aquelles tempos.
Ella hoje apenas tem muros – grandes marachões – de terra, mas já teve portas, seteiras e revestimento parcial ou total de boa pedra. D’ali foi muita para o convento d’Orgens, em virtude do alvará de D. Affonso V, apontado supra, com data de 1460, mas ainda em 1630 a 1636 o dr. Botelho descrevendo-a dizia como testemunha ocular o seguinte: “A opinião de ser real de Nigidio fica bem refutada com a vista d’este edifício, que alem de ser huma cousa tão grande, e forte, neste mesmo muro de pedra (onde já entramos) que não foi feito ao acaso, nem para uma defesa momentanea… (…)
Com o decorrer do tempo tem sofrido muito e já não é a sombra do que foi. Perdeu todo, absolutamente todo o seu revestimento de pedra; dos largos fossos que a circuitavam apenas resta um pequeno lanço; os seus muros são hoje apenas marachões de terra, mas ainda assim marachões grandiosos, imponentes, que despertam a atenção dos forasteiros, como já nos succedeu, quando nos abeirámos delles em 1862.

José de Oliveira Berardo, citado e Pedro Augusto Ferreira In, PORTUGAL ANTIGO E MODERNO, DICCIONÁRIO de Augusto Soares de Azevedo Barbosa de Pinho Leal, continuado por Pedro Augusto Ferreira, Bacharel em Theologia pela Universidade de Coimbra, cavalleiro da ordem da Nossa Senhora da Conceição de Villa Viçosa, socio effectivo da Real Associação dos Architectos Civis e Archeologos Portugueses, socio fundador da Sociedade de Instrucção do Porto e abbade de Miragaya na mesma cidade.
Lisboa, Livraria Editora de Tavares Cardoso & Irmão, 5 - Largo de Camões – 6, 1890.
Enviado pelo AJ

07/05/2006

Porta - Insígnia Romano

O porta - insígnia, ou aquilifero, distinguia-se por levar sobre a cabeça uma pele de lobo ou de leão, à maneira de capa. As insígnias guerreiras compunham-se de figuras de bronze, medalhões, coroas, águias, etc., postas umas sobre as outras no alto de uma vara. Usava, como todo o soldado, os calções de couro, subúcula e um gibão também de couro, loriga, além da espada.

In "História do Trajo Universal" - Colecção de cromos da Agência Portuguesa de Revistas/ Lisboa 1965: Direcção de Mário de Aguiar; Cromos, capas e legendas de José Augusto Pires e Luís Filipe Mota Guedes; Ilustrações e vinhetas de Amaro Brilhante e Supervisão de José de Oliveira Cosme.

Da colecção de cromos do AJ

05/05/2006

VIRIATO no Album de Viseu (do AJ)


Conta-nos a tradição de muitos seculos, e ainda a historia, que, um dia, o Senado de Roma viu entravada a roda do seu carro triumphante nos Comoros escarpados dos Herminios, que um simples pastor guardava.
Esse pastor obscuro mas livre com as auras que lhe açoutavam os compridos cabellos da côr do ebano, e lhe refrigeravam a fronte angulosa e tisnada dos sóes das serranias, chamava-se Viriato.
Creâra-se alli, - na serra-, ao som das buzinas pegureiras chamando os rebanhos a seus redis, e do zumbir das pedras dos fundibulários, arremeçados com mão certeira sobre as turmas inimigas.
Seus avós foram os guerreiros de Tesino, e de Trébia, - os leões de Trasimeno, - e os heróes de Cannas.
Amavam todos a liberdade com um ardor selvagem… mais ainda do que a Endovellico de que lhes fallava o druida entre as paredes dos carns.
Uma noute, quando o herculeo pastor descançava em estreita cabana, - construída de troncos d’arvores e de mirrada folhagem, -ouviu-se perto, - no valle, - um rumor de homens que se abeiravam da serra, e logo um tinir d’armas, e um relinchar de corceis.
Eram os romanos, que vinham tomar de surpreza como miseros bandoleiros, o baluarte inexpugnavel que a natureza havia architectado para berço dos Apimanos, dos Canteros, Cezariões e Viriatos.
E á voz imperiosa de Sérvio Galba, os soldados da republica cahem de chofre sobre os desprecavidos pastores, - porque ao traiçoeiro capitão faltavam ainda umas manchas de sangue a collorirem-lhe a sua historia d’aleivosias. (…)
Mais tarde quando o colloso do Tibre já tinha assignado um tratado por onde reconhecia a independencia dos lusitanos, - um general cobarde – Quinto Scipião, - seduziu dous degenerados pésures, que assassinaram o caudillo.
Quando a cabeça de Viriato rolou no chão, subvertia-se n’esse momento a obra da autonomia dos lusitanos, que elle começava a erigir sobre os rochedos da sua serra, e por cima das ossadas das aguias de Negidio, que eram irmãs dos abutres de Servio Galba.

Vizeu.

OLIVEIRA MASCARENHAS
In, “Album de Viseu” - Ilustrado com os retratos de- Viriato, João de Barros, D. Duarte, João Mendes, Bispo de Viseu e estampas da cidade – cava de Viriato, Abravezes, S. Francisco d’Orgens, Praça dois de Maio, Sé, etc.
Textos de diversos colaboradoras e colaboradores, à volta de Viseu, de viseenses ilustres e ainda pequenos contos, prosas e versos de motivos vários ( Organizados por Camillo Castelo Branco ?).
Typographia Universal, Rua do Almada, 347, Porto - 1884

02/05/2006

Queixas e mais queixas

E, de novo nos jornais. E, se querem uma solução rápida, procedam às necessárias obras de melhoramento e recuperação da minha zona e mandem a conta ao IPPAR. Vão ver que para a próxima não demoram a responder! Agora, deixaram-me assim, neste estado é que não é solução!